Investigação do diabetes deve começar mais cedo na gestação
Em mulheres com fatores de risco, a ADA agora preconiza o rastreamento da doença logo na primeira consulta de pré-natal

Até há pouco tempo, o rastreamento do diabetes gestacional (DMG) só era feito a partir da 24ª semana de gravidez, quando aumentam os hormônios placentários considerados “diabetogênicos”. No entanto, com o recrudescimento da obesidade e do sedentarismo na população, em associação à maior idade materna ao engravidar, o número de mulheres com diabetes mellitus (DM) já na primeira metade da gestação cresceu consideravelmente.

Diante disso, a American Diabetes Association (ADA) oficializou, em 2012, uma nova diretriz para rastrear a doença de forma mais precoce nas gestantes. Essa recomendação teve, como base, estudos que demonstram que a detecção e o tratamento da hiperglicemia no início da gravidez podem prevenir complicações fetais como alto peso ao nascimento, distocias de ombro e hipoglicemia neonatal.

Segundo a ADA, portanto, grávidas com fatores de risco para DM devem ser submetidas à investigação da doença logo na primeira consulta de pré-natal. Em caso de rastreamento negativo, o próximo passo é realizar o teste oral de tolerância à glicose (TTOG) entre a 24ª e a 28ª semana.

Vale adicionar que, nas mulheres com rastreamento positivo na gestação, recomenda-se verificar a possível persistência da hiperglicemia entre a 6ª e a 12ª semana após o parto. Além disso, a história de DMG por si só traz a necessidade de reavaliação da paciente a cada três anos quanto à possível presença de diabetes.

Algoritmo para rastreamento de DMG proposto em 2010 e adotado pela ADA em 2012

01 de junho de 2013
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