Qual exame solicitar para a investigação de vitamina D
Conheça as principais diferenças entre essas duas dosagens, bem como suas aplicações

Ao contrário do que se imaginava há alguns anos, é alta a prevalência de hipovitaminose D, mesmo em países tropicais como o Brasil. Níveis baixos dessa vitamina têm sido encontrados em nossa população tanto em mulheres quanto em homens, tanto em idosos quanto em jovens, tanto em enfermos quanto em saudáveis. Portanto, a investigação do teor desse hormônio no organismo é essencial.

Após síntese na pele ou ingestão pela dieta, a vitamina D é convertida em 25-hidroxivitamina D (25(OH)D) no fígado e, posteriormente, em seu metabólito ativo, a 1,25-di-hidroxivitamina D (1,25(OH)2D), nos rins, sob a influência do paratormônio (PTH). Do ponto de vista prático, trata-se dos únicos metabólitos que têm importância diagnóstica nesse contexto.


Utilidade dos metabólitos da vitamina D
• 25(OH)D – Constitui o melhor marcador da deficiência de vitamina D e da intoxicação exógena, razões que mais frequentemente levam à indicação dessa investigação. É, portanto, o exame mais adequado para avaliar o status de vitamina D por refletir com maior fidelidade suas reservas corporais. Relativamente estável, essa dosagem não recebe influência de hormônios ou do cálcio da dieta e deve ser realizada, inclusive, como rastreamento, uma vez que a hipovitaminose pode estar presente mesmo com cálcio, PTH e calciúria normais.

• 1,25(OH)2D – Seu uso tem caráter de exceção, estando indicado, juntamente com a dosagem da 25(OH)D, em doentes renais crônicos, em pacientes com deficiência de alfa-1-hidroxilase, também conhecida por raquitismo dependente de vitamina D, e no diagnóstico diferencial de hipercalcemia por doenças granulomatosas.

01 de novembro de 2011